Quando falamos em disfagia, estamos falando de uma condição que afeta diretamente a segurança da alimentação e a qualidade de vida de quem convive com ela. Mas para além de reconhecer os sinais, é fundamental entender quais são as causas da disfagia e como deve ser conduzido o tratamento.
Causas da disfagia: um sintoma com muitas origens
A disfagia não é uma doença em si, mas um sintoma que pode estar presente em diferentes condições clínicas. Suas causas podem ser variadas, e o primeiro passo do tratamento é justamente compreender a origem do problema.
As causas mais comuns incluem:
- Doenças neurológicas, como AVC, Parkinson, Alzheimer e Esclerose Múltipla;
- Doenças degenerativas que afetam o controle muscular;
- Câncer na região de cabeça e pescoço, com ou sem intervenção cirúrgica ou radioterapia;
- Cirurgias que envolvem estruturas da boca, garganta ou esôfago;
- Traumas cranianos ou cervicais;
- Envelhecimento natural, que pode trazer mudanças na força e coordenação muscular;
- Internações prolongadas, com uso de sondas ou intubação;
A avaliação clínica e funcional da deglutição é realizada pelo(a) fonoaudiólogo(a), profissional especializado na reabilitação da deglutição e é essencial para compreender a causa, o grau da disfagia e definir a conduta adequada.
Como é o tratamento da disfagia?
Após receber o diagnóstico de Disfagia, o paciente deve iniciar a reabilitação da deglutição com um(a) fonoaudiólogo(a) especializado(a) e ser acompanhado por uma equipe de profissionais que atenda todas as necessidades do paciente, de acordo com as dificuldades de deglutição e sua causa específica. Cada caso é único e precisa de um plano personalizado.
As estratégias de tratamento podem incluir:
- Exercícios para fortalecimento e coordenação dos músculos envolvidos na deglutição;
- Técnicas complementares, como eletroestimulação, laserterapia e bandagens funcionais (sempre com indicação profissional);
- Adaptação da consistência dos alimentos e líquidos, de forma a garantir a segurança durante a alimentação;
- Educação e orientação para familiares e cuidadores;
- E, quando necessário, orientação sobre uso de via alternativa de alimentação.
O papel da equipe e o cuidado individualizado
A disfagia precisa ser tratada com olhar interdisciplinar. Nutricionistas, médicos, cuidadores e terapeutas devem atuar em conjunto, respeitando as necessidades e preferências do paciente.
O tratamento sempre será individualizado, porque cada pessoa tem uma história, um quadro clínico e um contexto de vida.
Falar sobre tratamento da disfagia é reforçar que existe, sim, um caminho possível para melhorar a qualidade de vida de quem enfrenta essa condição.
Com acolhimento, informação e condutas bem aplicadas, o cuidado se transforma em autonomia, prazer e segurança — em cada refeição.
Se você é profissional da saúde, familiar ou cuidador e quer entender melhor esse processo, continue por aqui. Vamos falar mais sobre isso?
🥣 Fga Cris Galbeno Rama | Consultoria em Culinária Adaptada para disfagia #porumpastosomelhor